Estou grata à pessoa que me ofereceu este livrinho de contos porque me fartei de rir com os meus botões.
Para que conste; quando eu for grande também quero escrever assim, com engenho e graça!
Coisas que não há que há
de Manuel António Pina
Uma coisa que me põe triste
é que não exista o que não existe.
(Se é que não existe, e isto é que existe!)
Há tantas coisas bonitas que não há:
coisas que não há, gente que não há,
bichos que já houve e já não há,
livros por ler, coisas por ver,
feitos desfeitos, outros feitos por fazer,
pessoas tão boas ainda por nascer
e outras que morreram há tanto tempo!
Tantas lembranças de que não me lembro,
sítios que não sei, invenções que não invento,
gente de vidro e de vento, países por achar,
paisagens, plantas, jardins de ar,
tudo o que eu nem posso imaginar
porque se o imaginasse já existia
embora num sítio onde só eu ia...
Manuel António Pina é um poeta português natural do Sabugal, Beira Alta. É licenciado em Direito mas, para além de escrever poesia e livros infantis, sempre se dedicou ao jornalismo (informação retirada de http://casadospoetas.blogs.sapo.pt)
E o tempo que não há, querido Relógio, para lermos o que ainda não lemos e viajarmos o que ainda não viajámos ...
ResponderEliminarOlá ! tudo bem ?
Oh Eduardo, há quem diga que o tempo estica. Acredita? Eu tanto acho que estica como encolhe. :))
ResponderEliminarUmas vezes é o tempo que "paga as favas" por isto e por aquilo outras, somos nós que temos falta de vontade eculpamos o tempo.
Só lhe digo que é um desconsolo ir ao seu "passatempo" e dar de caras com aquele "FIM".
Manuel António Pina é natural de Sabugal,o pai é natural de Santa Maria de Porco (hoje rebaptisada Aldeia Viçosa)aqui mesmo ao lado.
ResponderEliminarAlém de querido amigo é leitura encantatória.
Um abraço,
mário