quarta-feira, 3 de junho de 2020

O bailado da mosca


E eis que estava eu, deitava, assistindo ao bailado da mosca.
Uma mosca qualquer, diga-se de "voagem". Embora lhes chamem moscas domésticas ou moscas-de-casa, eu nada fiz, faço ou farei para que elas sejam bem-vindas no meu espaço.
No entanto, igual a todas as moscas chatas que existem por esse mundo fora e que entram nas nossas casas sem autorização, de olhos fixos na dança rodopiante da mosca, continuei a divagar. 
Entram, mas nem sempre se dignam partir pacificamente ou, quando o fazem, vão à custa de muita mão de obra de mãos. Enxota dali, expulsa dacolá.
Por vezes a mão acerta noutro alvo que não a mosca e quando demos por ela, já espetámos um estalo, sem querer, na pessoa que está ao lado. Azar!...
Do mata-moscas ao spray insecticida, passando pelos pegajosos rolinhos de veneno, sem dúvida que a maior das invenções para exterminar as moscas e os respectivos parentes, foi a raqueta.
Aquela que em tudo se parece com uma raqueta de ténis, mas com a diferença de que é recarregável numa tomada eléctrica e graças ao seu super poder electrocutante (ou electrocutor), a qualquer hora do dia ou da noite, consegue-se respirar o cheiro fétido de churrasco de mosca ou de qualquer outro membro da família Muscidae. Os mesmos que estupidamente insistem em aparecer nos contextos menos recomendáveis, como por exemplo, numa noite quente de verão, quando o sono quer transportar-nos para sonhos belos e eróticos(?!), onde não entrem melgas ou moscas rodopiando os nossos ouvidos. ZZZzzzzzzzzzzzzz...