Na origem desta tão curta e trágica passagem pela vida terrena, esteve uma desobediência às ordens do ambicioso e insensível Imperador Cláudio II que proibiu o casamento entre os soldados do seu Império, julgando ele que desta forma, conseguiria um exército mais poderoso e concentrado no combate ao inimigo.
Creio que este sacerdote já teria naquele tempo, personalidade e atitude com 99,9% de hipóteses de ser dum qualquer partido da oposição, pois não se conformando perante tal injustiça, fez o que achou que devia ser feito, casando os jovens soldados nas costas do insensível Imperador.
A descoberta destes casamentos celebrados às escondidas, custou-lhe a vida mas, pelo menos, morreu de consciência tranquila, de acordo com os seus princípios e os do amor (é que o amor, às vezes, também tem bons princípios).
Se o Bispo Valentim vivesse nos tempos modernos estaria nas primeiras capas dos jornais, e tão certinho como eu estar aqui a escrever isto, estaria a circular a velocidades supersónicas em certas redes sociais, com milhares de "gostos" e de opiniões para todos os gostos.
Para além de levar com uma série de nomes em cima - comunista, herege, traidor da Pátria, perigoso inimigo da ordem pública - não tardaria quem arranjasse maneira de travar as suas supostas boas acções.
As lendas valem o que valem, como é sabido. Porém, tiro o chapéu ao santo padroeiro dos namorados por ter desafiado o poder e ter tido a ousadia de acreditar no amor.
Se São Valentim resolvesse voltar à terra dos mortais, ficaria perplexo com as coisas que estão a acontecer em pleno século XXI, no reino do muy nobre sentimento.
Possivelmente, teria algumas enxaquecas ao tentar encontrar respostas para a fugacidade do amor. Ou quem sabe, fazendo um estudo mais aprofundado desta sociedade? E para isso...
1º - Teria que frequentar uma Faculdade, fazer uma licenciatura em Sociologia (ou Psicologia) ou whatever, e munir-se de teorias que o ajudassem a perceber melhor o fenómeno...
1º - Teria que abrir uma conta no Facebook...(parte prática)
1º - Fazer um doutoramento em relações humanas para aprofundar o assunto, e estudar se o fenómeno Facebook, crises económicas ou outros factores, influenciam ou não, o sucesso das relações amorosas.
Lindo!... Obrigado pela história, pelos comentários, pelas ilacções e pelo (inteligente) bom humor!
ResponderEliminarBoa semana :)
Relógio,
ResponderEliminarBela evocação redigiu e compôs sobre esta data. A carga de humor inserida está espectacular e é verdadeira.
Também é verdade que, se S.Valentim cá voltasse, ficaria muito desiludido quanto à forma como têm mal tratado o Amor.
Indivíduo corajoso, sem medos, faria frente aos poderes e, de alma vermelha em acção, daria uma mãozinha um pouco em cada assunto (...)
Desejo-lhe um lindo dia
Abraço
César
Seria bom que voltasse e que o amor entre os casais voltasse a ser aquilo em que se acreditou o que levava as pessoas a nunca tocarem de pares.
ResponderEliminarSeria bom que voltasse e que os homens fossem mais amigos das namoradas, das esposas e que não invertessem estes valores da vida tão nobres e bonitos..........
Se viesse cá hoje........fugia a sete pés!!! Sete ou oito. Isto do amor...está a detriorar-se neste s´c.. Boa semana, com muito amor.
ResponderEliminarOra aí está uma história que eu desconhecia, e que é por sinal bem bonita, ou não tivesse ela aqueles tão belos tons de "vermelho" :-))
ResponderEliminarPois eu gosto muito do dia de hoje, porque aqui a minha "Valentona" faz anos precisamente no dia dos namorados.
Se calhar o Amor já não é o que era...
ResponderEliminarRomeu e Julieta!!!
D. Pedro e Inês!!!...
Mesmo a Bela e o Monstro...
Um brinde ao Amor...!!!!!
Adoro o seu humor, um texto que me fez dar uma valente gargalhada.
ResponderEliminarTambém não sabia o que a Pordata descobriu, estou bem mais descansada lol lol
beijinhos
Obrigada a todos pelos simpáticos comentários. Ontem estava inspirada; hoje nem tanto.
ResponderEliminarQuero apenas responder (embora não me tenha feito qq pergunta) ao Anónimo (não faço a miníma de quem possa ser, mais uma vez).
"Se calhar o Amor já não é o que era...". Existe alguma coisa, hoje em dia, que seja igual ao que era há uns te,mpos atrás? O Amor é o que sempre foi, Amor é Amor e ponto final. O que está a mudar são as pessoas, as mentalidades... A capacidade de e para amar é algo que custa manter para muitos porque dá trabalho, é necessário criatividade, respeito and so on. Como se vive na era do comer e deitar fora, para quê guardar o Amor muito tempo?! Passa do prazo de validade e azeda; uma chatice para muita gente. Não devia ser assim mas é a realidade, infelizmente.