Bom fim-de-semana
sábado, 21 de abril de 2012
"Windows" by Chick Corea
Abertas, só mesmo as janelas para a música. Com este tempo húmido e chuvoso não há "windows" que consigamos abrir. Parece Outono...
sábado, 14 de abril de 2012
Uma história terrivelmente felina
Escrevinhei esta pequena história na sexta-feira da semana passada.
Hoje, ou melhor, nestes últimos dias não teria seguramente qualquer inspiração para escrever um texto destes, mas já que está escrito e devidamente ilustrado, segue em frente. Dedico-o a uma pessoa muito especial ...
(Por motivos pessoais, este blogue encontrar-se-á inoperante por tempo indeterminado)
Uma história em forma de gato
Era uma vez...
Sem raça definida, gente que quis ser gato
De Torcato
Para Maltês
Assim aconteceu uma vez
Para Maltês
Assim aconteceu uma vez
Dizia o gato Maltês:
Vou dormir o ano inteiro
Só acordar em Janeiro!
Comida boa, eu vou querer
Dispenso sobras, restos e outros disparates
Que eu agora só como Kitkat's
A minha dona passou-se dos carretos...
(Ou será do carreto?)
Não é que agora
Só faz compras num tal Gato Preto?!
Não quero mais pires, tigelas ou pratos
De hoje em diante exijo
chávenas finas com motivos "abstractos"
Sabe a senhora onde o gato das botas
Compra o calçado?
- Sei sim!
Vou já a correr ao Chiado
Vou já a correr ao Chiado
Comprar umas para mim
No Verão viajo até Gatorrelix
Visitar os meus primos
Simon, Garfield e Felix
Agora que a história está a acabar
Tentem lá adivinhar
Qual é o meu programa preferido?
Os Gato Fedorento, é certo e sabido.
Os Gato Fedorento, é certo e sabido.
Depois deste aparato
Talvez opte pelo celibato
Esqueça de vez
Perseguições a gatas e ratos
E mude definitivamente
para a Rua dos Gatos
(fica na Baixa de Coimbra)
(fica na Baixa de Coimbra)
quarta-feira, 4 de abril de 2012
"Coisas que não há que há" de Manuel António Pina
Há umas semanas, "devorei" um livro da autoria de Manuel António Pina - Queres Bordalo? - enquanto esperava a chamada para uma consulta.
Estou grata à pessoa que me ofereceu este livrinho de contos porque me fartei de rir com os meus botões.
Para que conste; quando eu for grande também quero escrever assim, com engenho e graça!
Coisas que não há que há
Estou grata à pessoa que me ofereceu este livrinho de contos porque me fartei de rir com os meus botões.
Para que conste; quando eu for grande também quero escrever assim, com engenho e graça!
Coisas que não há que há
de Manuel António Pina
Uma coisa que me põe triste
é que não exista o que não existe.
(Se é que não existe, e isto é que existe!)
Há tantas coisas bonitas que não há:
coisas que não há, gente que não há,
bichos que já houve e já não há,
livros por ler, coisas por ver,
feitos desfeitos, outros feitos por fazer,
pessoas tão boas ainda por nascer
e outras que morreram há tanto tempo!
Tantas lembranças de que não me lembro,
sítios que não sei, invenções que não invento,
gente de vidro e de vento, países por achar,
paisagens, plantas, jardins de ar,
tudo o que eu nem posso imaginar
porque se o imaginasse já existia
embora num sítio onde só eu ia...
Manuel António Pina é um poeta português natural do Sabugal, Beira Alta. É licenciado em Direito mas, para além de escrever poesia e livros infantis, sempre se dedicou ao jornalismo (informação retirada de http://casadospoetas.blogs.sapo.pt)
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Dia 1 de Abril sem águas mil
Houve um prenúncio de mau tempo, ontem dia 1 de Abril. Foi tudo mentira.
Trovejou. Tudo indicava que ia cair muita água, mas não. A chuva que caiu, foi "sol de pouca dura".
Pus-me à janela. Assisti à mudança da cor do céu mas o melhor mesmo, foi sentir o cheiro das laranjeiras em flor.
E ao cheiro, juntou-se o frenesim sonoro do abelhame que saltitava de flor em flor.
Nisto passa uma rola atordoada. Sigo-a de outra janela...
Poisa, claro está, em cima do poste telefónico à espera do tempo que há-de vir. Já é habitual.
No horizonte, o céu continua carregado de nuvens cinzentas e um moinho solitário no alto do monte, de "braços abertos". O monte é conhecido por "Cabeça" e diz-se que no Verão, em dias limpídos se avista o reflexo do mar...
Trovejou. Tudo indicava que ia cair muita água, mas não. A chuva que caiu, foi "sol de pouca dura".
Pus-me à janela. Assisti à mudança da cor do céu mas o melhor mesmo, foi sentir o cheiro das laranjeiras em flor.
E ao cheiro, juntou-se o frenesim sonoro do abelhame que saltitava de flor em flor.
Nisto passa uma rola atordoada. Sigo-a de outra janela...
Poisa, claro está, em cima do poste telefónico à espera do tempo que há-de vir. Já é habitual.
No horizonte, o céu continua carregado de nuvens cinzentas e um moinho solitário no alto do monte, de "braços abertos". O monte é conhecido por "Cabeça" e diz-se que no Verão, em dias limpídos se avista o reflexo do mar...
quinta-feira, 29 de março de 2012
"Mas onde moras, ó tempo, que não te consigo achar?"
O TEMPO por Luísa Ducla Soares
Pelas areias da praia
o tempo fui procurar.
Mas onde moras, ó tempo,
que não te consigo achar?
Pelos verdes da floresta
o tempo fui procurar.
Mas onde moras, ó tempo,
que não te consigo achar?
Pelas pedrinhas da rua
o tempo fui procurar.
Mas onde moras, ó tempo,
que não te consigo achar?
Tiquetaque, o coração
é um relógio a bater.
O tempo que não achei
Já me fez envelhecer.
Poema retirado da obra infantil "A Cavalo no Tempo", de Luísa Ducla Soares (Ilustrações de Teresa Lima) - Civilização Editora
Pelas areias da praia
o tempo fui procurar.
Mas onde moras, ó tempo,
que não te consigo achar?
Pelos verdes da floresta
o tempo fui procurar.
Mas onde moras, ó tempo,
que não te consigo achar?
Pelas pedrinhas da rua
o tempo fui procurar.
Mas onde moras, ó tempo,
que não te consigo achar?
Tiquetaque, o coração
é um relógio a bater.
O tempo que não achei
Já me fez envelhecer.
Poema retirado da obra infantil "A Cavalo no Tempo", de Luísa Ducla Soares (Ilustrações de Teresa Lima) - Civilização Editora
segunda-feira, 26 de março de 2012
"Cloudbusting" e a máquina de fazer chuva
Já não bastava o famigerado cenário sócio-económico, mais a ditadura imposta pelos denominados mercados financeiros, mais o facto de nos tornarmos - ou quererem à força bruta que nos tornemos - em meros figurantes deste "filme"; eis que o tempo meteorológico resolve brincar com coisas sérias.
O que já era complicado começa a ser desolador, principalmente para quem espera da terra, as batatas ou outro alimento.
A ausência de água também pode ser fonte de inspiração, infelizmente.
«Once upon a time, a big and a grey cloud fell in love with a little flower...» ou quem sabe, o contrário...
Nem a propósito, lembrei-me deste "Cloudbusting" dos anos 80 e da máquina de fazer chuva que este vídeo mostra. Dava jeito agora!
segunda-feira, 19 de março de 2012
A "Song For My Father" - Horace Silver
De volta "à antena", excepcionalmente pelo dia que é.
Para o meu, que já não está entre nós, para todos os pais deste mundo e do outro... Um feliz dia do PAI.
Para o meu, que já não está entre nós, para todos os pais deste mundo e do outro... Um feliz dia do PAI.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Volto na Primavera
Quando eu voltar, as flores brancas da ameixoeira terão largado suas pétalas brancas e o chão cobrir-se-á de um belo manto branco. O tempo terá passado e largado suas horas, minutos e segundos pelos dias já em adiantado estado de crescimento ... Um lagarto escondido algures, há-de regressar e "espraiar-se" ao sol no estore da minha janela. A rola continuará o seu arrulhar no meio da folhagem do cipreste e o rouxinol voltará a cantar, lá para Abril ou Maio.
O ciclo da natureza é o ciclo da nossa vida.
Por alguma razão se diz, a quadragésima sexta Primavera já cá canta!
Por aqui me fico.Voltarei na Primavera de cara lavada.
O ciclo da natureza é o ciclo da nossa vida.
Por alguma razão se diz, a quadragésima sexta Primavera já cá canta!
Por aqui me fico.Voltarei na Primavera de cara lavada.
terça-feira, 13 de março de 2012
Simon's cat - O gato que queria lixar a vida do seu dono
Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
Se um gato infernizar a vida do seu dono (ou dona) quando este estiver em plena actividade... computacional; isso não é maldade do felino. Não é!... Os gatos até são nossos amigos. Às vezes.
Os actos tresloucados destes animais para com a indiferença humana, especialmente para com aqueles que têm a nobre função de os tratar com afecto e comida, costumam enquadrar-se num vasto conjunto de teorias a que alguém (eu) denominou por: "ou me dás atenção ou lixo-te a vida e o PC!" (ver vídeo).
Portanto já sabem; quem não presta a devida atenção ao seu gato de estimação está sujeito no final, à demonstração prática desta teoria.
segunda-feira, 12 de março de 2012
O "Palco do Tempo" no filme José e Pilar
Os Noiserv participaram na banda sonora do filme/documentário sobre José Saramago e Pilar del Rio com este "Palco do Tempo".
Pilar, a mulher, foi indubitavelmente um pilar importante na vida de Saramago.
Gosto da letra desta música ... e gosto da última frase deste vídeo de apresentação.
Afinal, "... tudo pode ser contado de outra maneira."
«... Em 1986, Pilar del Río conhece o escritor português José Saramago, após ter lido todos os seus livros publicados em espanhol e ter pedido para o conhecer pessoalmente[1].
Dois anos mais tarde, em 1988, casam-se ...» - retirado de pt.wikipédia.org
Pilar, a mulher, foi indubitavelmente um pilar importante na vida de Saramago.
Gosto da letra desta música ... e gosto da última frase deste vídeo de apresentação.
Afinal, "... tudo pode ser contado de outra maneira."
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