quinta-feira, 30 de julho de 2020
Tempo
Mesmo que eu queira mudar
De mim não consigo fugir
Sou feito do vento que sopra devagar
E do tempo que sobrar
E do tempo que sobrar
Se o segredo for deixar partir
No sereno do areal
Antes que o apego se apegue ainda mais
Deixo ao tempo a solução
Deixo ao tempo a solução
E se encontrares por aí
Quem te faça ser melhor mulher
Aproveita para ser feliz
Aproveita para ser feliz
Aproveita para ser feliz
Aproveita
E se encontrares por aí
Quem te faça ser melhor mulher
Aproveita para ser feliz
Aproveita para ser feliz
Aproveita para ser feliz
Aproveita
quarta-feira, 15 de julho de 2020
Portugal em números, ou seja.
Uma notícia desta manhã no Sapo dava conta que em 2100, ou seja, daqui a 80 anos, ou seja, quando eu tiver os meus imortais 134 anos, vamos (portugueses) ficar reduzidos, mais milhar menos milhar, a 5 000 000 (milhões) de habitantes!
Fonix! - Pensei. Passar de 10 vírgula qualquer coisa para 5 milhões, é muito milhão!
É muita gente a morrer, é muita criancinha a não nascer daqui até lá.
E é sem dúvida, muita gente a preferir ter um cãozinho ou um gatinho em vez de querer repovoar o país.
Também... diga-se de passagem que o planeta, ou seja, partes dele, está a pôr-se a jeito para que assim seja, ou seja, estamos a falar da ausência de perspectivas de futuro e o futuro do trabalho que será para muitos habitantes cada vez mais uma miragem. E quando os projectos de vida não se vislumbram exequíveis, ou seja, dificilmente viáveis, os habitantes dum país retraem-se.
E dá nisto! ... 5 milhões a menos... Caramba! 5... 5 ... 5 ... 5 ...
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/portugal-podera-chegar-a-2100-com-cinco-milhoes-de-habitantes-diz-estudo
quarta-feira, 3 de junho de 2020
O bailado da mosca
E eis que estava eu, deitava, assistindo ao bailado da mosca.
Uma mosca qualquer, diga-se de "voagem". Embora lhes chamem moscas domésticas ou moscas-de-casa, eu nada fiz, faço ou farei para que elas sejam bem-vindas no meu espaço.
No entanto, igual a todas as moscas chatas que existem por esse mundo fora e que entram nas nossas casas sem autorização, de olhos fixos na dança rodopiante da mosca, continuei a divagar.
Entram, mas nem sempre se dignam partir pacificamente ou, quando o fazem, vão à custa de muita mão de obra de mãos. Enxota dali, expulsa dacolá.
Por vezes a mão acerta noutro alvo que não a mosca e quando demos por ela, já espetámos um estalo, sem querer, na pessoa que está ao lado. Azar!...
Do mata-moscas ao spray insecticida, passando pelos pegajosos rolinhos de veneno, sem dúvida que a maior das invenções para exterminar as moscas e os respectivos parentes, foi a raqueta.
Aquela que em tudo se parece com uma raqueta de ténis, mas com a diferença de que é recarregável numa tomada eléctrica e graças ao seu super poder electrocutante (ou electrocutor), a qualquer hora do dia ou da noite, consegue-se respirar o cheiro fétido de churrasco de mosca ou de qualquer outro membro da família Muscidae. Os mesmos que estupidamente insistem em aparecer nos contextos menos recomendáveis, como por exemplo, numa noite quente de verão, quando o sono quer transportar-nos para sonhos belos e eróticos(?!), onde não entrem melgas ou moscas rodopiando os nossos ouvidos. ZZZzzzzzzzzzzzzz...
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Papoilas
Pintada de papoilas, a seara verde cobre-se duma quietude que nos enche a alma e a vista.
Comme Un P'tit coquelicot
Le myosotis, et puis la rose,
Ce sont des fleurs qui disent quelque chose !
Mais pour aimer les coquelicots
Et n'aimer que ça... faut être idiot!
(...)
Marcel Mouloudji (cantor, compositor e ator francês, 1922-1994)
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
A espera
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