quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"LIVRO MEU MUITO AMADO" - Livro de leitura da segunda classe

Há pensamentos que nos passam pela cabeça, aparentemente, sem qualquer lógica.
Todos os dias, quase que travo uma batalha com a minha consciência para saber, se o dia me correu bem ou mal, se fiz ou não fiz o que devia, se podia ter feito isto ou aquilo de outra forma... Ao fim de um dia, é a frustração que tantas vezes, toma conta de nós porque não conseguimos obter os resultados que desejaríamos, porque o trabalho rendeu pouco, porque não se conseguiu dar a matéria planeada... porque...
Mas depois, lembro-me que não estou a lidar com máquinas, com números ou estatísticas; é necessário "fazer uma aterragem à superfície" e pensar novamente que estou a lidar com gente, com seres humanos em miniatura que precisam de TEMPO para chegarem onde nós adultos, queremos. A eles, falta-lhes muitas vezes, a ambição e a mim, a paciência.
Dou por mim, então, a pensar... stressar com os insucessos dos outros não ajuda em nada e sigo em frente, pensando no caminho que há para percorrer com insistência, com paciência e com esperança  porque, alguma vez aquela criança com mais dificuldade, há-de conseguir ler e escrever, interpretar, contar, raciocinar ou perceber que uma dezena é o mesmo que ter 10 berlindes e que um professor deseja apenas o sucesso educativo dos seus alunos.
Um dos pensamentos que tem passado pela minha cabeça ultimamente e para o qual não consigo ter resposta, é este: como é que eu aprendi a ler e a escrever?!?? Gostava de me lembrar disto e não consigo.

A única certeza que eu tenho, é que foi diferente dos métodos actuais.
Será que me obrigaram primeiro a conhecer todas as letras do alfabeto, escrevê-las, juntá-las para formar sílabas, depois palavras e ler assim de uma "revoada" tudo o que me aparecesse pela frente?!

Guardei o meu livro de leitura da 1ª classe e quando olho para ele, lembro-me dos textos enormes que líamos ao longo do ano, o que me leva a crer que, no primeiro trimestre, um aluno com um percurso normal de aprendizagem, já saberia ler qualquer texto.
Por mais estranho que pareça, o meu livro de leitura até era da 2ª classe (não sei se era uma prática recorrente na época) mas, comparando os manuais do século XXI com este livro de leitura ... não têm rigorosamente nada a ver!
Aos olhos das metodologias actuais e da pedagogia moderna, este livro do antigo regime, chumbaria certamente numa qualquer comissão de avaliação na matéria. Contudo, era o que existia naquele TEMPO e, estamos a falar de 1974 em que, muitos dos textos remetiam para a doutrina política vigente e o país era o que era.
Recordar é viver, por isso, deixo-vos uma pequena amostra do meu livro de leitura da 2ª classe que custou naquela época, 22 escudos e 50 centavos. Era um livro sem graça, pouco atractivo se o compararmos aos actuais, que são coloridos, apelativos e cheios de "nove horas". Mesmo assim, não parecem apelar o suficiente, a atenção e o interesse das nossas crianças ... Vá lá uma pessoa perceber isto!







segunda-feira, 18 de outubro de 2010

OS "VIRA-CASACAS"

Esta espécime de pessoa caracteriza-se fundamentalmente, por revelar um carácter altamente influenciável e alguma (se não muita) incoerência nas ideias que defende. Porventura, julgar-se-á um "crente" inabalável e inatingível por nada ou coisa alguma.


Se me perguntarem hoje,  e, relativamente ao passado, se existem mais ou menos "vira-casacas"... não sei responder. Creio que, em todos os TEMPOS, houve homens e mulheres a vestirem a camisola para o lado que mais lhes convinha.

Se me perguntarem se, estas pessoas são inofensivas... não sei responder. Aparentemente, não "farão mal a uma mosca", mas... lá diz o povo; "não ponho as mãos no lume por ninguém".

Se me perguntarem se, são os ricos ou os pobres quem mais viram a casaca... Também não sei responder. Os pobres, viram a casaca tendo em conta os seus interesses, quiçá pensando na melhoria da sua condição de vida enquanto que, o rico virará a sua por outros motivos, quem sabe,  para se tornar ainda mais rico ou poderoso.

Se me perguntarem se,  são os da Esquerda ou os da Direita que viram mais a casaca... não sei responder.
Os da Esquerda viram à Direita e os da Direita viram à Esquerda; se tiverem o azar de se cruzarem, chocam uns contra os outros e há confusão na certa.

Hoje, tive esta reflexão a propósito de tudo e de nada (deve ser a influência do O.E. - Orçamento de Estado). Apeteceu-me "virar a casaca", só isso; é daquelas coisas que acontecem sem explicação aparente. E, não só virei a minha casaca para o lado mais quentinho como ainda, fui arranjar outra para me agasalhar, porque o frio nesta altura, em zona serrana, entranha-se nos ossos de uma pessoa, tornando-se numa sensação um tanto desagradável.
Ainda sobre os "vira-casacas... será correcto chamar-lhes "oportunistas"? Jacques Dutronc "homenageou" em 1968, este tipo de pessoa, ao som da música que se segue.
Há letras musicais que o TEMPO não deixa passar de moda.

Jacques Dutronc
L'OPPORTUNISTE



Je suis pour le communisme
Je suis pour le socialisme
Et pour le capitalisme
Parce que je suis opportuniste

Il y en a qui conteste
Qui revendique et qui proteste
Moi je ne fais qu'un seul geste
Je retourne ma veste, je retourne ma veste
Toujours du bon côté

Je n'ai pas peur des profiteurs
Ni même des agitateurs
Je fais confiance aux électeurs
Et j'en profite pour faire mon beurre

Il y en a qui conteste
Qui revendique et qui proteste
Moi je ne fais qu'un seul geste
Je retourne ma veste, je retourne ma veste
Toujours du bon côté

Je suis de tous les partis
Je suis de toutes les patries
Je suis de toutes les coteries
Je suis le roi des convertis

Il y en a qui conteste
Qui revendique et qui proteste
Moi je ne fais qu'un seul geste
Je retourne ma veste, je retourne ma veste
Toujours du bon côté

Je crie vive la révolution
Je crie vive les institutions
Je crie vive les manifestations
Je crie vive la collaboration

Non jamais je ne conteste
Ni revendique ni ne proteste
Je ne sais faire qu'un seul geste
Celui de retourner ma veste, de retourner ma veste
Toujours du bon côté

Je l'ai tellement retournée
Qu'elle craque de tous côtés
A la prochaine révolution
Je retourne mon pantalon




domingo, 17 de outubro de 2010

Diz-me que música ouves e eu te direi quem és

Eu não aprecio mesmo nada música metálica, no entanto, gostei da imagem sobre a "anatomia do metaleiro" e do artigo que tece algumas considerações interessantes sobre "Os estereótipos e a música".
Aquilo que vou escrever a seguir, é da minha inteira responsabilidade, daí que, se melindrar algum metaleiro, já sei que corro o risco de ficar com a folha de serviço feita, em três TEMPOS.
Raios... mas é que o diabo da música deles é, simplesmente horrível!!! Aliás, eu considero aquilo, mais um conjunto de sons ruidosos e histéricos do que música propriamente dita. Mas já se sabe; gostos não se discutem e, como eu sei que nestas coisas, é sempre bom provar o que se diz, escolhi uma música ao acaso para vos mostrar, o nível de poluição sonora da dita música metálica.
Eu cá, só consegui ouvir os primeiros segundos.

Este artigo da Blitz vem ilustrado com esta brincadeira gráfica. Após a sua leitura, veio-me à cabeça esta frase: diz-me que música ouves e eu te direi quem és. 
Seria tudo muito mais simples nesta vida se, conhecêssemos as pessoas só pelo tipo de música que ouvem...



Os estereótipos e a música
Algo que se nota muito na nossa sociedade e especialmente aqui no fórum são os estereótipos que se criam consoante o tipo de música que uma pessoa ouve. Quem ouve pop não merece viver, quem houve rock é bué cool .
O que não deixa de ser engraçado. Imagino um encontro: duas pessoas chegam ao seu destino e trocam os seus Ipods, mp3, whatever e assim se deixam conhecer. A música é quem vai decidir de são aborrecidos, atraentes, inteligentes, nerds, etc. 
Um exemplo um pouco radical admito. Mas a questão dos estereótipos e a música estarem relacionados todos nós sabemos que é algo óbvio. E assim o diz também uma pesquisa elaborada pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
O estudo confirmou que as pessoas fazem suposições sobre a personalidade e valores dos outros com base nas suas preferências musicais. Aqueles que gostam de música clássica são vistos como feios e tediosos, enquanto os roqueiros são considerados emocionalmente instáveis, e os fãs de pop são vistos como pessoas "genéricas".
Jason Rentfrow, autor do estudo, afirma que examinar a lista de músicas de uma pessoa pode reforçar estereótipos e até mesmo preconceitos sociais. De acordo com Rentfrow, "a pesquisa sugere que, mesmo quando as nossas suposições não são correctas, temos uma impressão muito forte quando perguntamos a uma pessoa que tipo de música ela gosta", diz.
Os participantes da pesquisa responderam sobre o que achavam a respeito de seis tipos de géneros musicais: rock, pop, clássica, jazz, rap e electrónica. Os fãs de jazz receberam as considerações mais positivas: foram descritos como imaginativos, liberais, amigáveis e extrovertidos. Os que preferem a música clássica foram percebidos como quietos, amigáveis, responsáveis e inteligentes, mas também pouco atraentes e tediosos.
Aqueles que gostam de rock são considerados rebeldes, irresponsáveis e emocionalmente instáveis, enquanto os fãs de pop são vistos como convencionais e calmos, mas também pouco inteligentes. Já quem gosta de rap é visto como atlético e mais hostil do que os outros fãs de música. Os amantes da música eletrónica, por sua vez, são considerados um pouco neuróticos.

Depois disto fiquei com uma crise de personalidade, who the fuck I am? Eclética digo eu.
Artigo escrito por Rockabilly80 Domingo 10, às 5:11       Fonte: BLITZ

E uma vez que o assunto é música...
Uma música francesa dos anos 70. Quem se lembra desta? (clique para ver)
Big Bazar, uma banda liderada naquele TEMPO por Michel Fugain (apesar dos seus 60 e tais anos, permanece  bem conversado, diga-se de passagem) que continua a cantar assim:
                                           Ça dure un jour (ao minuto 13.07) 
                                                            Ça dure un jour
Ça dure cent jours
Jamais ça ne dure toujours
Ça dure un temps
Un certain temps
Jamais ça ne dure longtemps









sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A escoliose


                                                         (Março 2009)
A escoliose (com link) é um termo de origem grega e consiste na rotação tridimensional da coluna vertebral com curvatura para um dos lados.
Uma escoliose pode ter diversas origens, contudo, a mais comum, é a escoliose idiopática que se desenvolve normalmente, entre os 10 e os 12 anos de idade com uma maior incidência no sexo feminino.
Idiopática porque, aparentemente, é uma deformidade da coluna que surge sem causa conhecida.
Embora os estudos nesta matéria pareçam inconclusivos, há fortes indícios de que um factor genético, possa estar na origem do desenvolvimento das escolioses idiopáticas em crianças saudáveis.
E por falar em crianças... existe uma tendência para se associar, erradamente, uma relação de causa/efeito entre o peso das mochilas transportadas pelas crianças em idade escolar e uma possível deformação (ou qualquer outra lesão grave), ao nível da sua coluna.
Neste artigo (com link), divulgado em alguns meios de comunicação social escrita, numa altura em que iniciava mais um ano escolar, um conceituado médico especialista (link com vídeo) em ortopedia infantil do Hospital Pediátrico de Coimbra, esclareceu o necessário sobre esta problemática.

Mais informações sobre escoliose:

    quinta-feira, 14 de outubro de 2010

    Sabiam que os dinossauros sofriam também de dores de costas?

    Este é mais um achado virtual interessante. Os cientistas necessitam de ter a sua mente ocupada e, os estudos realizados aos vestígios ósseos que os dinossauros deixaram por cá, há milhões de anos, servem agora para concluir que, estes bichos que "todos nós" admiramos pela sua robustez e porte, afinal, eram uns "infelizes" e "desgraçados" seres vivos que, sofriam tal como nós, com dores nas costas. Quem diria?!...



    quarta-feira, 13 de outubro de 2010

    "Falar nas costas dos outros" e outras ironias vertebrais

    O povo lá terá a sua razão quando decide tornar frases como esta, em verdadeiras máximas.
    "Falar nas costas dos outros", pode ter algum sentido pejorativo porque, a esta expressão, se associa muitas vezes, a ideia de que duas pessoas estão a falar de uma terceira, eventualmente, "coisas" menos agradáveis.
    E nós sabemos bem que falar (sobretudo mal) dos outros é coisa feia, ainda por cima, nas suas costas.
    Portanto; o melhor a fazer nestas situações é, dizermos directamente, cara a cara e sem rodeios o que tem de ser dito porque, mesmo tendo  "as costas largas" nem sempre aguentamos tudo.


    Encontrei também, por mero acaso, este artigo que me mereceu a maior "consideração". Não pelo Pedro Santana Lopes, como é óbvio, mas pelo facto do autor do texto usar a coluna vertebral do dito, para criticar ironizando, as suas (e também as de outros) posições políticas.
    Querem saber onde foi parar a coluna vertebral do Santana Lopes? Leiam! Vale a pena.



    NOTA) Fiquei admirada com as visitas durante estes dois dias. Imaginei que, vir para aqui escrever sobre a coluna vertebral ao longo de uma semana, espantaria qualquer um deste blogue mas... parece-me que isso não aconteceu.
    Só posso agradecer a quem tornou possível uma eventual divulgação deste espaço e agradecer também, aos meus caríssimos e habituais leitores/seguidores.

    segunda-feira, 11 de outubro de 2010

    Portugal assinala a semana de sensibilização para a coluna vertebral

    (foto Google) ...porque a nossa coluna é preciosa

    Começa hoje e até ao próximo dia 16 de Outubro, a semana dedicada à coluna vertebral.
    Uma iniciativa inserida no âmbito de uma campanha nacional  "olhe pelas suas costas" (título com link) que visa alertar e sensibilizar a população para os problemas de saúde, causados por esta importante estrutura óssea, nem sempre tratada com o devido cuidado por todos nós.
    Desta forma e à semelhança do que aconteceu, aqui, com outro assunto há uns meses atrás (o 25 de Abril de 2010), as mensagens inseridas neste espaço, ao longo desta semana, estarão de alguma forma relacionadas com este tema.
    Chamo a atenção para a eventualidade de alguns artigos, não estarem actualizados no TEMPO, contudo, a informação neles contidos, continuarão válidos e actuais (penso eu). É o caso deste, com a data de 2009:

    http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=35955&op=all