quarta-feira, 18 de julho de 2012

A educação de um país não vai lá com fórmulas matemáticas

É o que eu penso, embora neste país considerem que multiplicar X cabeças por Y resultados sobre K não sei das quantas, resolve aquilo a que eles denominam por uma maior eficácia e rentabilidade nos recursos educativos, nomeadamente, nos recursos humanos. 
Confesso: ainda não percebi como é que as mentes brilhantes do MEC conseguem a tal eficácia e rentabilidade pedagógica numa turma com 30 alunos ou numa turma do 1º ano de escolaridade com 26 criancinhas de 5 e 6 anos, muitas delas, ou a grande maioria, a necessitarem de apoio directo e indivualizado do professor. Não percebo... E se há momentos na vida em que aspiramos a seres superiormente dotados de super poderes, este seria um deles.
Ora, está visto e revisto que eles estão-se "marimbando" para alunos e professores.
É quase certo que ninguém, a médio ou a longo prazo, aguentará o sistema tal como está; o pessoal docente será cada vez mais a classe presente nos consultórios de psiquiatria.
Mais; o sistema de ensino que estão a criar, é selectivo. Só os bons alunos (porventura, os médios) atingirão as metas curriculares agora introduzidas (metas estas que alguns organismos científicos nas áreas da Matemática e do Português já vieram contestar).
O feitiço poderá virar-se contra o feiticeiro e o sucesso que o MEC tanto ambiciona, poderá não passar de um pesadelo. Pena que esta ambição esteja a acontecer à custa de mão-de-obra humana.
Um ministro da Educação formado e doutorado na área da Matemática faz toda a diferença. Ele pensa em matematiquês. Nós pensamos, ainda, em português. E por este andar, qualquer dia já ninguém sabe o que pensar.
Do Despacho normativo nº 13-A/2012 de 5 de Junho de 2012, registei algumas fórmulas matemáticas que regem a organização curricular do ano lectivo 2012-2013.
Ao fazermos a leitura deste documento, fica a ideia de que somos números, nada mais do que números!


 
 



Sem comentários:

Enviar um comentário