quinta-feira, 28 de abril de 2011

"Instruções para dar Corda no Relógio" - Cortázar

Que beleza de texto, este, do escritor argentino Julio Cortázar...

lnstruções para dar Corda no Relógio – Cortázar

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Demagogia:será uma variante da retórica para tentar enganar os tolos?

A maioria dos nossos políticos (e outros, apadrinhados por estes) são verdadeiros especialistas em DEMAGOGIA.
A demagogia é uma palavra de origem grega que significa "a arte de conduzir o povo" (Wikipédia). Porém, o conceito desta arte de conduzir o povo sofreu ao longo do Tempo, uma evolução semântica. O demagogo era considerado na Grécia antiga, o chefe ou condutor do povo, sem que houvesse qualquer sentido pejorativo associado à palavra.
Com a chegada de novos líderes como Platão e Aristóteles, o demagogo passou a utilizar a lisonja e os artifícios oratórios para impressionar e enganar o povo.
Estamos a falar da Antiguidade clássica, uns bons anos Antes da era Cristã, e, julgo que o conceito de demagogo como "aquele que diz ou propõe algo que não pode ser posto em prática, apenas para obter benefício ou compensação" (Wikipédia), ganhou raízes profundas ao longo dos tempos, na maioria dos chefes e condutores dos povos.
A demagogia está intimamente ligada à política e a prova de que temos tido grandes demagogos a (des)governar este país, está à vista de todos.
O dia 5 de Junho poderá ser um dia histórico se todos contribuirmos para isso. É pois, necessário e urgente, correr com as demagogias instaladas e demais demagogos que são, desde há muito, os principais responsáveis pelo estado actual do país.

Termino com a Lena d'Água que cantava este "hino" anti demagogia, corria o ano de 1982.
Mais uma vez, o passado na vanguarda do presente.


        DEMAGOGIA - letra e música de Luis Pedro Fonseca

Dão nas vistas em qualquer lugar
Jogando com as palavras como ninguém
Sabem como hão-de contornar
As mais directas perguntas

Aproveitam todo o espaço
Que lhes oferecem na rádio e nos jornais
E falam com desembaraço
Como se fossem formados em falar demais

Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira

P’ra levar a água ao seu moinho
Têm nas mãos uma lata descomunal
Prometem muito pão e vinho
Quando abre a caça eleitoral

Desde que se vêem no poleiro
São atacados de amnésia total
Desde o último até ao primeiro
Vão-se curar em banquetes, numa social

Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira







segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pia do Urso: uma espécie de paraíso no meio da serra.

O fenómeno mais interessante que pude observar, ontem, num pequeno passeio pela zona, foi uma formiga puxando desesperadamente por uma folha seca de oliveira.
Como é que um insecto tão pequeno consegue arrastar uma folha, dez vezes o seu tamanho?!
Sem dúvida, um exemplo de persistência, de força e de trabalho...


O resto do meu passeio, encontra-se nesta compilação de imagens.
Espero que apreciem a paisagem e a história do lugar: Pia do Urso.
  Visitem. Vale a pena.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Reconhecer um falso médico é mais fácil do que reconhecer um falso político. Digo eu...

Smiley


O falso médico, já vimos como se descobre (é mais fácil do que eu imaginava). :)
Agora, será que alguém me consegue dizer como se reconhece um falso político?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sim Não

O Sim é o oposto do Não
O Não é o oposto do Sim
Se um diz Sim
há sempre um que diz Não
Se todos dissessem Sim e Não 
O mundo seria uma confusão, Não acham Não?!
Não tem três letras
Sim três letras tem
Sim - (N) + (ão) dá Simão
O Simão é adepto do Sim
Quando está em dias Não
E eu, escrevi este poema do Sim e do Não
Para que os dois sejam amigos assim:
Umas vezes Sim
Outras vezes Não
Tudo depende da nossa disposição!
                    relogio.de.corda (Tentativas poéticas para a pequenada)

Nota) Numa sala de aula, vale tudo para tentar captar o gosto pela escrita. Eu bem tento, mas... a tarefa Não se avizinha fácil.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Os seres vivos nascem, crescem, alimentam-se, reproduzem-se e descansam bastante

O relogio.de.corda saiu à rua - um intervalo para desanuviar da burocracia - e registou para a posteridade como vão os seres vivos que coabitam pacificamente este seu espaço habitacional. Pelos vistos, vão muito bem. Melhor do que muitos de nós; pois não há crise nem trabalho que os aflija...
Viva o crescimento e o descanso, deles!

domingo, 10 de abril de 2011

"Ma liberté de penser" por Florent PagnY a proprósito da chegada do FMY


É a notícia do dia: o FMI, está aquI, já na Terça-feira. Esta gente não dorme em serviço, mesmo!! E como diz o povo, seja o que Deus quiser.
Termino esta breve mensagem com a letra de uma música perfeitamente adaptada à realidade actual. Eles podem levar tudo mas nunca a liberdade do nosso pensamento.


 Ma liberté de penser (Florent Pagny)


Quitte à tout prendre prenez mes gosses et la télé
Ma brosse à dent mon revolver la voiture ça c'est déjà fait
Avec les interdits bancaires prenez ma femme, le canapé
Le micro onde, le frigidaire
Et même jusqu'à ma vie privée
De toute façon à découvert
Je peux bien vendre mon âme au diable
Avec lui on peut s'arranger
Puisque ici tout est négociable, mais vous n'aurez pas
Ma liberté de penser

______


Prenez mon lit, les disques d'or, ma bonne humeur
Les petites cuillères, tout ce qu'à vos yeux a de la valeur
Et dont je n'ai plus rien à faire, quitte à tout prendre n'oubliez pas
Le shit planqué sous l'étagère
Tout ce qui est beau et compte pour moi
J' préfère que ça parte à l'Abbé Pierre
J' peux donner mon corps à la science
S' il y'a quelque chose à prélever
Et que ça vous donne bonne conscience, mais vous n'aurez pas
Ma liberté de penser
Ma liberté de penser
______

J' peux vider mes poches sur la table
Ca fait longtemps qu'elles sont trouées
Baisser mon froc j'en suis capable, mais vous n'aurez pas
Ma liberté de penser
______

Quitte à tout prendre et tout solder
Pour que vos petites affaires s'arrangent
J' prends juste mon pyjama rayé
Et je vous fais cadeau des oranges
Vous pouvez même bien tout garder
J'emporterai rien en enfer
Quitte à tout prendre j' préfère y' aller
Si le paradis vous est offert
Je peux bien vendre mon âme au diable
Avec lui on peut s'arranger
Puisque ici tout est négociable, mais vous n'aurez pas
Non vous n'aurez pas
Ma liberté de penser
Ma liberté de penser

quarta-feira, 30 de março de 2011

A vaca, a escola e eu

Isto de ser teacher tem que se lhe diga. Tarefa cada vez mais complicada porque a ignorância e o desinteresse pela escola, crescem ao ritmo da velocidade dos Kbps da internet. Pergunto-me, às vezes, se não era melhor desaparecer, desistir da profissão ou abandonar a criançada à sua sorte... A maior parte das vezes, ficamos com a sensação de que o esforço foi (é) em vão.
Depois de passarmos aulas e dias, falando sobre animais domésticos e selvagens, sobre as características dos animais, vermos imagens, vermos vídeos, fazermos fichas de trabalho...
Hoje, foi dia de ficha de avaliação do Estudo do Meio para o 2º ano. Havia um exercício com lacunas e ao lado, encontrava-se a imagem de uma vaca:
 
A ______(vaca) vive na _______(terra). Para se deslocar __________ (anda) com a ajuda das ________(patas). Tem o corpo coberto de _______(pêlos) e nasce da _________(barriga da mãe).

Acabado de ler o exercício, voltei a ler frase por frase para aqueles cuja compreensão e dificuldades, não dão para mais, infelizmente. Para se deslocar , a vaca anda com a ajuda  das... das...?!??!?!??... Esperando eu, que me saísse a sorte grande com uma resposta acertada. Não!
Eis que uma criança responde lá do seu canto: a vaca anda com a ajuda das tetas!!!!!!!!!!!
Meus amigos... não interessa descrever aqui, qual foi a minha reacção perante esta escabrosa resposta. Em linguagem corrente, digamos que seria isto: "passei-me!"
Chegada a hora do almoço, veio o desabafo com a colega:
- Eh, pá... Não te dá vontade quando é assim, de espetar umas chapadas valentes?!
Respondi eu:
- Então não dá!! Nem tu sabes quanto!
Acreditem que dá mesmo.

segunda-feira, 28 de março de 2011

"Quanto Tempo levaria para varrer o mundo?"

                                                   (Foto Google)
Esta estranha pergunta, encontrava-se há dias nas estatísticas do quantotempotemotempo.blogspot.com. Não sei precisar de onde veio, embora desconfie que tenha vindo do nosso país irmão, o Brasil. Independentemente do lugar de onde possa ter vindo, a invulgaridade dos termos a pesquisar não me deixou indiferente.
Pensando bem na questão "Quanto Tempo levaria para varrer o mundo?", confesso que até tem uma certa piada. Que raio de pergunta mais estranha! Varrer o mundo!...
Smiley
Querer saber quanto tempo tem o Tempo, já me parece uma pergunta de difícil resposta; haver alguém a questionar "quanto tempo levaria a varrer o mundo?", parece-me algo completamente surreal e impossível, por mais que os habitantes do planeta andassem todos, de vassoura na mão, dia e noite.
Aliás, eu concordo que o mundo até precisa de uma "limpeza" a vários níveis, mas...varrer o mundo?!
Para o caso dessa pessoa não ter desistido da pesquisa e se porventura, a dita, remeter novamente para este blogue, gostaria de deixar umas palavrinhas à (ao) suposta (o) interessada (o) nesta varridela à escala mundial; desista!!!! Varrer o mundo deve dar uma trabalheira dos diabos! Mais; provavelmente a intenção seria mesmo, a de "varrer" muita porcaria que vai por este mundo fora... Porém, se acaso for esta a intenção, parece-me que existem outras formas de o fazer sem ser à "vassourada".
Termino, colocando esta cibernética e estranha questão à consideração dos leitores deste "passatempo".
"Quanto tempo levaria para varrer o mundo?", Digam-me lá, meus senhores e minhas senhoras de vossa justiça.
Com ou sem vassoura, uma boa semana para todos.

domingo, 27 de março de 2011

Sugestões de Leitura - Marginal (Poemas e breves cantigas)

"...Acho que escrevo sempre o mesmo poema. As palavras é que são diferentes..."                                                Vieira da Silva

Nascido há 64 anos, em Ílhavo, António Manuel Vieira da Silva, é o autor da sugestão de leitura de hoje.
Marginal (Poemas breves e cantigas), foi editado pela MC - Mundo da Canção, em 2002. A 2ª edição deste livro aconteceu em Junho de 2010 e como o Tempo tem uma especial atenção neste blogue, gostaria de transcrever as frases finais do seu prefácio; um regresso ao passado que me agradou particularmente.

«Éramos jovens, dizia, e pensávamos. Ílhavo não era cidade, era outro lugar:  nem melhor nem pior, apenas outro. No Verão apanhávamos camarinhas e íamos, de bicicleta ou de dedo esticado, para a Costa Nova. Depois apanhávamos a barca para A Bruxa, onde havia uma jeropiga que parecia ser a melhor coisa do mundo e havia os mundos que nós inventávamos. No Inverno ficávamos pelos cafés do costume, com uma ou outra escapadela pelo meio. Se não fosse o clima aceso da época dir-se-ia que não se passava nada - e no entanto, passava-se tudo: apaixonávamo-nos, descobríamos os mundos do mundo, ouvíamos a música dos silêncios, cavalgávamos o Sete Estrelo.
Agora, Ílhavo mudou, como o País. Novas ruas, vistas renovadas, prédios que foram abaixo e levaram com eles a memória das pedras. Nós, todos, também mudámos. Para melhor ou para pior, para mais longe ou para mais perto, partimos. Mesmo os que ficámos. E, sobretudo, vivemos. E de termos vivido o que vivemos nunca me arrependi, e tenho a certeza que o Vieira da Silva também não. Porque, se calhar, o que distingue os poetas das pessoas normais é mesmo só isso: ser capaz de descobrir, sempre, um mundo novo à sua volta, onde quer que seja; elevar as palavras à condição de diamantes, sem se deixar ofuscar pelo brilho; saber que os poemas só valem a pena quando têm gente lá dentro, como ossos, nervos, veias, emoções. Porque o sonho, esse, vale sempre a pena. Nós sabemos, porque voámos.»   
                                  Viriato Teles - Lisboa, 29 de Dezembro de 2001

Termino com dois poemas breves ...
                                        Bilhete       
                                                 
                                            Hoje
                  não ouvi o que disseste                                          

                                           estive                              
                                   preocupado                                                  
            em ouvir o que não disseste 

                                  Pensamento                                      
                           
                               O pensamento
                   devia ser aquele relógio

       existir enquanto a corda durasse

                          e que bom que era
                   poder partir-lhe a corda

                                Vieira da Silva, in Marginal, páginas 30 e 32
                                                       
                                                  (À venda aqui                                       

sábado, 26 de março de 2011

O "Bem Bom" Doce amargo dos Passos de dança do Coelho

Lembram-se da primeira girls band nacional: As Doce? Embora não fosse o género de música que eu apreciasse, hoje, faço questão de falar nelas.
Foi "bem bom", o Tempo em que estas raparigas jeitosas, mostraram ao país os seus dotes...vocais, é claro, e, fizeram suspirar muitos homens por esse Portugal fora, corria a saudosa década de 80.
Consta que uma destas moças viria mais tarde a desposar o líder do PSD. Actualmente e para infelicidade nossa, candidato ao cargo de Primeiro-Ministro deste país à beira de um derradeiro ataque de nervos.

Meus senhores e minhas senhoras; Peter Steps Rabbit, é agora o meu nome de eleição e não quero outro para designar este senhor. 

Bem bom, foi saber então, que os dotes de uma das cantoras das "Doce", provocaram uns anos mais tarde, suspiros de paixão no Steps Rabbit, à época, ainda um mero aprendiz na arte da politiquice. Mas como era bem parecido, giro e tal, lá escapou e acabou por desposar a Doce Fátima.
Viveram felizes, até que o Bem Bom acabou...(acontece aos melhores) Smiley
Apesar do Tempo que durou essa Doce união, o Peter, não se dignou aprender um passo de dança sequer com a ajuda da Sweet companheira (imaginem se tivesse aprendido...).
No entanto... Pedro Passos Coelho, aliás, Peter Steps Rabbit, o tal que não dança (ou dança muito mal, segundo as suas palavras), já nos quer por a nós, a dançar o fandango ao som da sua música. 
Por esta razão, eu, que sou uma insignificante trabalhadora e funcionária do Ministério da Educação, gostaria de deixar uma mensagem a este senhor: pode ter sido bem bom, a qualquer hora da manhã... os tais dois dedos de conversa, ouvir um disco antigo ou tomar um café pr'a dois, etc, mas... oh meu "amigo", bem bom seria, se não começasse já, a cantar de galo.
"Às duas por três, quem sabe onde isto irá parar..." não é verdade?
Um aparte) Ainda hoje, olho para isto e questiono-me se a rapariga loira das "Doce" estava ali para enfeitar, se para cantar. Este, é mais um vídeo verdadeiramente "giríssimo" e super "criativo"; mesmo à "anos 80" !!! 
BOM FIM-DE-SEMANA!

domingo, 20 de março de 2011

Léo Ferré - "C'est le Printemps", mes amis!

Segundo o Observatório Astronómico de Lisboa, em 2011, o equinócio (dia igual à noite) da Primavera ocorre no dia 20 de Março às 23h21m. 
A estação da luz, das cores, dos cheiros, das flores e do chilrear dos passarinhos, prolonga-se por 92.79 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia 21 de Junho às 18h21m. 
E mais palavras para quê?! O Tempo, este inseparável e intolerante companheiro da humanidade, passa por nós a correr, e, não tarda, já é Verão outra vez!
 

sexta-feira, 11 de março de 2011

E se o Tempo estiver com as horas, os dias contados?...

E se o Tempo estiver com os dias contados? E se o Tempo estiver de abalada? ... E se o Tempo estiver com o tempo contado? (não se perde nada, penso eu...)
É incrível, pensar na rapidez com que se elimina todo o conteúdo de um "passatempo" blogosférico, através de um simples clique.
Um segundo; basta apenas um segundo para apagarmos a escrita de meses: textos com mais ou menos inspiração, textos pequenos, textos grandes, textos sem pés nem cabeça, textos de corpo inteiro, textos engraçados, textos tristes, textos dos outros, textos de indignação, textos com dedicação... tantos.
Este texto por exemplo?! Não sei defini-lo, mas também... pouco importa.
Bom fim-de-semama, ao som da música dos anos 60 (NO TIME - The Guess Who, 1969)



terça-feira, 8 de março de 2011

SOBRE O CROMOSSOMA XX


 "La femme au chat" -  Auguste RENOIR (1880)

Se vos falasse agora de cromossomas, de núcleos, de mitose, de células, de cadeias de proteínas, de genes, de ADN, etc, etc, aposto que desistiriam de ler o restante conteúdo desta mensagem, e mais uma vez iriam pensar que ensandeci (não! Ainda não é desta!).
Os cromossomas XX são, como se sabe, aqueles que determinam o sexo nos indivíduos, neste caso, o sexo feminino. 
Hoje, 8 de Março, é o dia que muitos e muitas, aproveitam para enaltecer a grandiosidade da nossa espécie, embora já tenha afirmado vezes sem conta; a celebração de dias com datas pré definidas no calendário são sempre que um homem (ou mulher) quiser.
        
Mesmo que os relatórios da ONU revelem que há 57 milhões de homens a mais que mulheres em todo o mundo (estará o planeta perante a extinção, a longo prazo, do sexo feminino?!), que os homens estejam em minoria no continente europeu, que as mulheres continuem a maioria entre a população idosa em todas as regiões do mundo, que 32% das mulheres morram mais de doenças do coração contra 27% dos homens, que as mulheres sejam as maiores vitímas da violência no mundo, que as mulheres continuem a sofrer de descriminação no trabalho ganhando menos que os homens e façam jornadas de trabalho mais longas... Por mais que escrevam ou que digam horrores, o mundo, sem a espécie cromossomática XX ficaria uma desgraça, um jardim sem flores, um deserto, uma pasmaceira,...
É portanto, de todo o interesse para a humanidade, tratar esta espécie com todo o cuidado e carinho. (Se um dia nos extinguimos, quero ver depois, como é!... )
Apetece enviar para todas as Mulheres do mundo, em especial para as minhas amigas de carne e osso, leitoras ou seguidoras, um forte abraço.
Termino parafraseando, o poeta, o compositor e cantor Jean Ferrat; le poète a toujours raison, la femme est l'avenir de l'homme...
(Désolée pour les hommes...) ;)
(este tema continua nos próximos "episódios")

segunda-feira, 7 de março de 2011

"Pão-de-forma", hippies e o Woodstock

Revivalismo, saudosismo ou simples parvoíce, aproveitar o espaço de um blogue para escrever sobre esta carripana de quatro rodas. Esta carripana, não sendo propriamente do meu Tempo, considero-a ainda assim, símbolo da geração "the love generation", nas décadas 60 e 70.
Enquanto a Citroen não satisfaz o desejo de requinte dos saudositas de outro ícone automóvel - o 2 Cavalos; a marca alemã Wolksvagen já se encarregou de o fazer com a chegada do novo modelo do conhecido "pão-de-forma", a mítica carrinha dos anos supra mencionados.

Ao ler esta notícia, de imediato, a minha mente desceu "às catacumbas do Tempo", mais precisamente, à época da tresloucada geração hippie.
Free Smiley Courtesy of www.millan.net 
Hippies!!... jovens de cabelo comprido, fita ou coroa de flores na cabeça, fumavam umas ervas estonteantes que os deixavam, psicadelicamente falando, como passarinhos voando sobre nuvens coloridas. 
Embuídos de uma filosofia de vida muito própria; os hippies eram ecologistas, vegetarianos, contestatários, apartidários e sobretudo, pacíficos. Assumiam-se como a contracultura da época, cujo famoso slogan "Make Love Not War" ainda me lembro de ver quando era criança, numa das paredes da estrela deste "passatempo" virtual. 
Um slogan que fazia todo o sentido tendo em conta, a inutilidade da guerra (todas as guerras são inúteis) entre a América e o Vietname, que servia apenas para consumir as vidas humanas e os doláres de uma nação onde o capitalismo, em ascensão dava já, sinais preocupantes de desigualdades económicas e sociais.


Pois, esta carrinha "pão-de-forma", lembra-me os hippies e estes, por sua, lembram-me o festival Woodstock, em 1969.
Por cá, os jovens eram mandados, a bem ou a mal, para o combate na guerra colonial; vivia-se a medo por culpa de um regime salazarento que tudo fazia para atrofiar e calar as mentes insurgentes (acredito que os "hippies" nacionais dessa altura, não tiveram vida fácil...).
Este movimento contracultura, hippie (o que ele simbolizava e representava) ficou para sempre associado ao festival Woodstock e como não podia deixar de ser, alastrou pelo Europa fora.
Em Portugal, creio que encontrou terreno fértil para crescer, em Coimbra, através da conhecida crise estudantil de 69. Mentes brilhantes, corajosas e cheias de audácia, souberam aproveitar a onda da "Flower Power" e da "Peace and Love" de tal forma que, uns anos mais tarde, em 1974, a gigantesca mordaça nacional que oprimia o povo, seria finalmente retirada.

 

terça-feira, 1 de março de 2011

Uma homenagem ao Sol

Depois da chuva, o Sol. E que bom é, voltar a vê-lo brilhar!

                             (desenho de T, 8 anos, futuro pintor de quadros) 


O Sol é uma bolacha amarela do tamanho do mundo, disse ontem, um menino ou uma bola de futebol gigante muito quente, dizia outro.
É verdade que o Sol, quando nasce é para todos mas, nem todos o podem ver...
Eu gosto do Sol.
Se eu pudesse, inventava um sol de trazer no bolso que coubesse dentro das malas, das pastas, dos bolsos... Um mini Sol, que estivesse sempre à mão, nos dias frios, nos dias de chuva, nos dias mais tristes...
Se eu pudesse, desenhava-lhe uma boca para que ele nunca deixasse de sorrir para os homens, mulheres e crianças da terra.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Os "Chibos sabichões"

"Chibos sabichões" é um conto popular galego adaptado por Olalla González com ilustrações de Federico Fernández. É um livro que integra a lista Ler + do Plano Nacional de Leitura para o ensino pré-escolar. A tradução portuguesa é de Dora Isabel Batalim (2004).
Uma história de chibos espertos e de um ogre avarento que ao querer um grande repasto, acaba por passar fome e voar pelos ares!

             Chibos Sabichões

Era uma vez três chibos
que viviam no cimo de uma montanha:

um chibinho sabichão pequeno
um chibo sabichão médio 
e um chibão sabichão grande.

O chibinho sabichão pequeno
tinha uma barbicha pequena
   e uns chifres curtinhos.

O chibo sabichão médio
tinha uma barbicha que não era grande nem pequena
e uns chifres que não eram curtos nem compridos.

O chibo sabichão grande
tinha uma barbicha grande
e uns chifres compridos e retorcidos.

Certo dia,
o chibinho, o chibo e o chibão desceram da montanha
porque na outra margem do rio cresciam umas ervas frescas e viçosas.

Mas, para lá chegar
era preciso atravessar uma ponte.

Debaixo da ponte vivia um ogre terrível.
Tinha os pés peludos,
os barços grossos como troncos
e o nariz cheio de verrugas.

Era tão malvado
que vigiava a ponte dia e noite.
Ninguém se atrevia a passar por ali.

Os chibos sabichões tinham ouvido falar do ogre,
mas a erva era tão apetitosa
que decidiram enfrentá-lo.
(...)
Primeiro chegou a chibinho sabichão pequeno
com a sua barbicha pequena e chifres curtinhos,
    avançando decidido pela ponte... patati   patati

Quando estava a chegar ao meio da ponte, 
apareceu o ogre:

Quem faz patati, patati, patati na minha ponte?
O chibinho sabichão. 
Pois vou-te comer...!
Ai, não, que ainda sou muito pequeno!
Espera pelo chibo sabichão médio,
que é mais gordo do que eu.


               O ogre,
               coçando a orelha, disse:

Por aqui nunca ninguém atravessou,
mas com esse chibo sabichão médio
ficarei melhor servido. Passa, passa...!

     E o chibinho 
            sabichão 
               pequeno atravessou a ponte. 

Logo depois, chegou o chibo sabichão médio, com a sua meia-barbicha e chifres pouco compridos,
  avançando decidico pela ponte...
     patatã   patatã   patatã

Quem faz patatã, patatã, patatã na minha ponte?
O chibo sabichão médio. 
Pois vou-te comer...!

Ai, não, que eu ainda não sou crescido!
Espera pelo chibão sabichão grande, 
que é muito mais gordo do que eu. 

             O ogre grunhiu:
         Tenho muita fome,
         mas esperarei
         por esse chibão
         sabichão grande
    para comer até me fartar.
         Passa, passa...!

E chegou o chibão sabichão grande, com a sua barbicha grande e chifres compridos
avançando decidido pela ponte... patatão  patatão  patatão

O ogre surgiu imediatamente:
         Quem faz patatão, patatão, patatão 
                            na minha ponte?

     O chibo sabichão grande! 
 Pois vou-te comer...!
  Pois a ver se te atreves! 

O agre,furioso, desatou aos saltos pela ponte.

E o chibo sabichão grande baixou a cabeça, bufou...
    E marrou no ogre 
          com todas as suas forças!

Tal cornada lhe deu
que o fez voar pelos ares. E o ogre nunca mais voltou!

O chibão sabichão grande
foi juntar-se ao chibo sabichão médio
e ao chibinho sabichão pequeno.

E tanta erva comeram
que se transformaram 
em três chibos sabichões...
ENORMES! 
 "Chibos Sabichões" faz parte da colecção LIVROS PARA SONHAR (2004) da Editora Kalandraka

                                 (à venda aqui ou aqui)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Don't Go"... fiquem para ouvir - Sugestão musical

A banda francesa Nouvelle Vague, inspirada no movimento artístico do cinema francês dos anos 60 com o mesmo nome, especializou-se na reedição (covers) de músicas pertencentes a vários estilos músicais dos anos 80 (punk, pop, rock...).
As versões produzidas pelos Nouvelle Vague têm um estilo inconfundível, onde a  fonte da inspiração continua a ser, a da Bossa Nova. O certo é, que as suas melodias têm feito a delícia de muitos ouvidos por esse mundo fora.
Gostos são gostos, como é óbvio, mas eu gosto especialmente desta...
Se querem sair desta mensagem, Don't Go, sem ouvir primeiro esta música.
Bom fim-de-semana.


( Para compararem as sonoridades, deixo-vos com os Yazoo e o seu "Don't Go", um sucesso dos anos 80 que nunca fez parte dos meus gostos musicais ) 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Arte Infantil - A profª pelos olhos de uma aluna

Quando somos portadores de certos e determinados nomes, dá nisto: desenhos floridos com pessoas, igualmente floridas.  
Na realidade, não sou assim tão alta e toda esta elegância, é apenas uma miragem. 
Gostei sobretudo, do pormenor das flores no cabelo e das flores no lugar das mãos. Muito giro...

                             (legenda do desenho - "A aluna e a professora")

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A ocupação do Tempo na velhice: será assim?

Possivelmente, poderá ser...
Eu gosto do ar de felicidade desta velhinha simpática que está com o tricôt... não desculpem, eu queria escrever; que está com o comando nas mãos! Dá-lhe um ar tão à frente, não dá?!

                                                                                (Google cartoon)
PS) E os homens?!... Smiley Que tipo de jogo poderão eles fazer?!...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

No Tempo em que não havia água engarrafada

Não deixa de ser interessante conhecermos a forma como há uns anos atrás, se fazia o aproveitamento das águas da chuva, numa época em que não havia água canalizada e água engarrafada.
Numa pequena localidade do concelho de Porto de Mós, corria o início da década de 60, homens preocupados com o bem estar da população e com os recursos que a mãe natureza lhes dava, resolveram transformar a água do céu, em  água para as pessoas, na terra, beberem sem constrangimentos.
Assim, nasceu a denominada e popular "barragem" pluvial, cujo aproveitamento da chuva (ainda hoje) é feito através destas gigantescas pedras de calcário naturalmente ali colocadas, na encosta da serra.
Desaguam num pequeno canal que posteriormente, a depositará nuns reservatórios onde será filtrada, e, distribuída pelas fontes existentes na aldeia.
As gentes da terra não querem outra água. Sabem que  asssim, não poluem o meio ambiente com os milhares de garrafas, garrafinhas e garrafões que costumam encher o ecoponto amarelo.
E garanto-vos: a água é mesmo boa!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E se São Valentim, voltasse, hoje, à terra ?

Valentim foi como se sabe, um bispo romano que se tornou santo depois de preso e condenado à morte.
Na origem desta tão curta e trágica passagem pela vida terrena, esteve uma desobediência às ordens do ambicioso e insensível Imperador Cláudio II que proibiu o casamento entre os soldados do seu Império, julgando ele que desta forma, conseguiria um exército mais poderoso e concentrado no combate ao inimigo.
Creio que este sacerdote já teria naquele tempo, personalidade e atitude com 99,9% de hipóteses de ser dum qualquer partido da oposição, pois não se conformando perante tal injustiça, fez o que achou que devia ser feito, casando os jovens soldados nas costas do insensível Imperador.
A descoberta destes casamentos celebrados às escondidas, custou-lhe a vida mas, pelo menos, morreu de consciência tranquila, de acordo com os seus princípios e os do amor (é que o amor, às vezes, também tem bons princípios).
Se o Bispo Valentim vivesse nos tempos modernos estaria nas primeiras capas dos jornais, e tão certinho como eu estar aqui  a escrever isto, estaria a circular a velocidades supersónicas em certas redes sociais, com milhares de "gostos" e de opiniões para todos os gostos.
Para além de levar com uma série de nomes em cima - comunista, herege, traidor da Pátria, perigoso inimigo da ordem pública - não tardaria quem arranjasse maneira de travar as suas supostas boas acções.
As lendas valem o que valem, como é sabido. Porém, tiro o chapéu ao santo padroeiro dos namorados por ter desafiado o poder e ter tido a ousadia de acreditar no amor. 

Se São Valentim resolvesse voltar à terra dos mortais, ficaria perplexo com as coisas que estão a acontecer em pleno século XXI, no reino do muy nobre sentimento.
Possivelmente, teria algumas enxaquecas ao tentar encontrar respostas para a fugacidade do amor. Ou quem sabe, fazendo um estudo mais aprofundado desta sociedade? E para isso...
1º - Teria que frequentar uma Faculdade, fazer uma licenciatura em Sociologia (ou Psicologia) ou whatever, e  munir-se de teorias que o ajudassem a perceber melhor o fenómeno...
1º - Teria que abrir uma conta no Facebook...(parte prática)
1º - Fazer um doutoramento em relações humanas para aprofundar o assunto, e estudar se o fenómeno Facebook, crises económicas ou outros factores, influenciam ou não, o sucesso das relações amorosas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Sem rede" é mais um texto reflexivo sobre todos nós...

Isto de nos seguirmos uns aos outros, traz a vantagem de podermos ser os primeiros a deitar o olho às leituras dos blogues vizinhos. Porém, quando os "parceiros do lado" escrevem como o autor deste blogue, reflexões espantosas e profundas, como aquela que se segue, só temos mesmo uma saída: o dever de as divulgar para que outros, as possam igualmente ler ou apreciar.
Deixo-vos a mensagem escrita pelo Fernando Baptista, devidamente identificada no Tempo.
Boa semana.


Quarta-feira, Fevereiro 09, 2011


Sem rede

No meio do tempo em que pouco acontece, surge por vezes um estremecimento que convida à paragem. Mediaticamente é dos instantes em que se convidam professores especalistas a comentar o acontecimento, se entrevistam populares emocionados e se fazem mais uns lamentos. Depois de uns dias tudo vai passar e continuar a estar como estava. Sem importância, porque nos habituámos a apenas vlorizar o instante das surpresas!
Que parvos que somos!!!
Somos parvos porque andamos a maior parte do tempo com falta de tempo na lufa-lufa da geração de valor para os poucos que todo o tempo têm e nos esquecemos de desfrutar o nosso tempo e depois, como não bastasse o desperdício, vem o tempo que não tem fim, o da solidão da sobrevivência sem esperança nem objectivo em que se somam aos dias outros dias. É a altura em que os milhares de amigos do facebook se sumem e pouco mais se soma à vida, porque no tempo que se perdeu a adicionar amigos que mal conhecemos, fomos ficando vazios dos amigos reais, dos que têm físico e alma. Anda-se nas nuvens numa sociedade sem rede, num exercício de equilibrismo, começamdo a perceber-se que as redes sociais irão ser completamente inúteis na altura do trambolhão. Esta terra não está feita para velhos. Aceita-se como um fado a que se não pode fugir, que um qualquer poder não bem percebido, meio oculto e inevitável, nos comande e nos deixe ficar fechados, literalmente mortos, durante anos, no prolongamento de uma vida que já há muito estava morta.
Parvos que somos, quando não reivindicamos a nós próprios uma vida diferente da morte. De que se está à espera?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Arte Infantil

É bom saber que também tenho crianças com aspirações criativas e artísticas.
O autor deste desenho tem 8 anos e diz que quando for grande quer ser pintor... de quadros!
Nunca se sabe...
Smiley